Aqui, estou precisando de uma coisinha para completar um raciocínio… Olha só:
“Seja uma função. E seja o conjunto de pontos de continuidade dessa função. Segue que pode ser escrito como uma interseção enumerável de abertos.”
Isso é verdade? Se for, eu queria a demonstração. Se não for, preciso de um contra-exemplo.
Abraço
E
Valeu
Vou tentar…
Considere as seguintes famílias de coberturas abertas de :
.
Então, basta mostrar que
.
Onde é o interior do conjunto.
Para mostrar que está contido no conjunto da direita, basta notar que é uma cobertura e que portanto, para todo , existe tal que . Em particular, se , então é vizinhança de . Ou seja, .
Para a outra inclusão, tomando , basta seguir o seguinte roteiro:
Escolha , tal que para todo , existe um único , tal que .
Como não é ponto de continuidade, escolha , e , tal que , mas .
Pelo primeiro item, se , então . Pelo segundo item, . Ou seja, para o escolhido, .
Acho que dá pra fazer um raciocínio parecido para quando é compacto com base enumerável . Tomando, ao invés de , as famílias de coberturas finitas formadas por elementos da base .
Um abraço,
André Caldas.
Tô achando que não é tão fácil escolher ! 😦
Poxa!
EU achava que era mais direto!! =( =(
Mas eu acho que já saquei como fazer, no entanto, o objetivo disso era provar uma coisa massa (que já encontrei outra demonstração sem usar isso (e usando isso)).
Olha só para que eu queria isso:
“PROVAR QUE não pode ser o conjunto dos pontos onde uma função é contínua.”
Definição:
Um espaço topológico é chamado topologicamente completo, quando existe um espaço métrico completo homeomorfo a .
Definição:
Um subconjunto de um espaço métrico diz-se magro, se é uma reunião enumerável de conjuntos cujos fechos tem interior vazio.
Então temos os seguintes teoremas:
LEMA: Seja um espaço métrico completo. Se é aberto, segue que é topologicamente completo.
LEMA 2: Se é uma interseção enumerável de abertos de um espaço métrico completo , então é topologicamente completo.
TEOREMA DE BAIRE: Seja topologicamente completo. Todo subconjunto magro em tem interior vazio.
COROLÁRIO: Seja um espaço métrico topologicamente completo. Se , onde cada é fechado em , então é um aberto denso em .
Bom, então, chega-se ao resultado particular:
Se é enumerável e topologicamente completo, segue que o conjunto dos pontos isolados
é denso em .
Isso prova que não é topologicamente completo, afinal o conjunto dos pontos isolados é vazio. =)
Em particular, ele não é uma interseção enumerável de abertos: daí eu queria uma coisa direta para mostrar que isso implica oq eu eu quero provar.
1. Achei sua definição de topologicamente completo meio complicada. Que tal: “um espaço topológico é topologicamente completo quando é completo em alguma métrica compatível com sua topologia.”
2. O primeiro LEMA é fácil de demonstrar? Qual é a cara dessa métrica?
3. Como assim “conjunto dos pontos isolados”?
Eu achei a minha “quase demonstração muito mais bonita”! =P
Falei bobagem, já que você tá demonstrando uma outra coisa… 😉
Um abraço,
André Caldas.
Isso!
Eu estava falando o porquê precisava disso… e o porquê queria que fosse direto!! =) =)
Falou
Olha só!!
O Primeiro lema é facinho de demonstrar… Você demontra que o conjunto aberto é homemorfo a um gráfico fechado (fechado em ) lá.
se você quiser, eu coloco aqui depois!! 🙂
“Subconjunto dos pontos isolados”
Seja um espaço métrico enumerável topologicamente completo.
Segue que o seguinte conjunto é denso em :
, onde é a topologia de .
EU gostei da sua “quase-demonstração”. E vou ler a “segunda tentativa”! =) =) =) =) =) 🙂 🙂
Também achei bonita!!
Abraço
“Achei sua definição de topologicamente completo meio complicada. Que tal: “um espaço topológico M é topologicamente completo quando é completo em alguma métrica compatível com sua topologia.””
É a mesma coisa!! Mas eu tirei o métrico e coloquei topológico para você (eu poderia colocar metrizável).
Falou
P.s.: O fato é que, normalmente, quando vai provar que algum espaço é topologicamente completo, você prova que ele é homeomorfo a um espaço métrico completo e, depois, induz a métrica (daí nem precisa induzir a métrica na demonstração: é imediato).
Segunda tentativa…
Considere as seguintes famílias de coberturas abertas de :
,
onde e .
Então, basta mostrar que
.
Onde é o interior do conjunto.
Para mostrar que está contido no conjunto da direita, basta notar que é uma cobertura e que portanto, para todo , existe tal que . Em particular, se , então é vizinhança de . Ou seja, .
Para a outra inclusão, tomando , note que:
1. Se estiver contido em dois conjuntos da família , então estará contido em um único conjunto de .
2. Como não é ponto de continuidade, existe uma bola de raio em torno de , , tal que não é vizinhança de .
Escolhendo (dava pra pegar um pouquinho menor ;-)), teremos que existem , tais que , mas nem , nem são vizinhanças de . Basta notar que ambos estão contidos em do item 2.
Assuma, pelo item 1, que é o único elemento de que contém . Caso contrário, tomamos . Temos que para nenhum . E, pelo item 2, temos que . Portanto, .
André Caldas.